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Ler, escrever e viver

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Viagem a São Miguel, Açores - parte 2

Continuamos então a nossa viagem por São Miguel para lá de Ponta Delgada.

Ermida de Nossa Senhora da Paz

O primeiro sítio que visitámos foi a Ermida da Nossa Senhora da Paz, que fica em Vila Franca do Campo e, apesar da quantidade de degraus que é preciso subir para chegar lá acima, vale bem a experiência e a vista é incrível. Ao fundo, vê-se o ilhéu de Vila Franca do Campo.

Ermida da nossa senhora da paz, Açores

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Parque Natural da Ribeira dos Caldeirões

Seguimos para este parque natural, que é lindo, lindo, lindo! Tem uma série de cascatas, tem vários trilhos que podem percorrer e a natureza aqui é simplesmente inacreditável. É mesmo um sítio a não perder.

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Parque Terra Nostra

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Este parque é certamente um dos mais conhecidos da ilha de São Miguel. Tem um hotel, um jardim botânico magnífico e umas termas ferrosas enormes. Infelizmente, quando estivemos em São Miguel tinha sido detectada uma bactéria em três zonas termais da ilha, que estavam encerradas a banhos, a do parque Terra Nostra, a da Caldeira Velha e a da Poça da Dona Beija. Como as termas estavam fechadas, baixaram o preço de entrada no parque de 16 para 12 euros e aproveitámos apenas para conhecer o jardim botânico, que é incrível. Ele é lagos com carpas enormes que podem alimentar, ele é lagos cheios de nenúfares. Enfim, o parque é muito grande e muito bonito.

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Ora, não queríamos perder a experiência de fazer um banho termal durante a viagem, pelo que seguimos para as únicas termas da ilha que não estavam fechadas, as termas das Caldeiras. São umas termas muito pequeninas, em que só podem estar 20 pessoas ao mesmo tempo e paga-se 6 euros por uma hora. As termas são mesmo pequenas e, além disso, são baixas. Valeu a pena para termos a experiência do banho termal mas não é algo que voltasse a repetir.

As lagoas

Chegámos à questão de um milhão de euros: qual é a lagoa mais bonita de São Miguel? Ora, nós visitámos quatro lagoas: a lagoa das furnas, a lagoa das sete cidades, a lagoa do fogo e a lagoa de Santiago e são todas lindas. Se tivesse mesmo de escolher, ficava algures entre a das sete cidades e a de Santiago.

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Na lagoa das sete cidades, reza a lenda que uma princesa e um lavrador se apaixonaram, mas que o rei não ficou contente com a paixão. Assim, foram cada um para o seu lado da lagoa, ela foi chorar para o lago azul e este ficou azul (o mais ao fundo na foto em cima) e ele foi chorar para o lago verde e este ficou verde. Na verdade, o verde tem simplesmente mais vegetação à volta e, por isso, é verde.

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Uma coisa importante a saber sobre as lagoas de São Miguel é que é proibido nadar em qualquer uma delas. Isto tem várias razões. A primeira é que as lagoas foram altamente poluídas durante muitos anos, a segunda é que não são vigiadas, têm algas no fundo (podem ver na foto em baixo) o que pode levar a risco de afogamento e, além disso, são reservas protegidas e nadar nelas implica largarmos lá todos os produtos químicos que usamos, como os cremes, os protetores solares, etc. Infelizmente, não foi por ser proibido que deixámos de ver turistas a nadar nas sete cidades e no fogo, sendo que nadar na lagoa do fogo dá uma multa de 800 euros. Há placas a indicar que é proibido ir a banhos e, por muito apetecível que seja, devemos respeitar sempre as regras dos locais que visitamos.

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Em cima, a lagoa do fogo e, em baixo, a lagoa das furnas. Atenção que, por causa do caos que era o estacionamento dos veículos alugados no miradouro que dá para a lagoa do fogo, este tem uma barreira policial e só é acessível a residentes e veículos de animação turística.

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Por último (em baixo), a preciosidade que é a lagoa de Santiago. Esta é uma lagoa menos conhecida porque o trilho só é acessível a pessoas que vão estudar a lagoa (nomeadamente à Universidade dos Açores) e não aos turistas, mas é, para mim, uma das mais bonitas.

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As plantações de chá e de ananás

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Eu sei que a plantação de chá mais conhecida é a Gorreana mas nós somos do contra e fomos à de Porto Formoso. Eles fazem uma pequena explicação sobre a produção de chá e depois podemos provar (eu gostei mais deste do que do Gorreana) e podemos visitar a plantação, que tem esta vista incrível.

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Na plantação de ananás, aprendemos que o ananás dos Açores não é natural dos Açores. Veio da Venezuela e as condições tropicais são replicadas em estufas. Um único ananás é replantado três vezes e a obtenção do produto final demora dois a dois anos e meio, o que justifica o preço alto a que é vendido, mas é absolutamente delicioso. Muito doce e saboroso.

A praia das Milícias

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No último dia na ilha, queríamos descansar um bocadinho e fomos para a praia das Milícias (de táxi, são cerca de 7/8 euros desde o centro de Ponta Delgada). É uma praia de areia preta, como todas as outras da ilha. Não sabíamos, mas aprendemos que as marés vivas nos Açores começam em Agosto e, por isso, o mar estava com ondas grandes (apesar da bandeira verde!) Ainda fui a banhos a fazer aquela figura de quem corre para o mar quando não há ondas e depois foge assim que aparece uma.

Ainda vai haver mais um post sobre os Açores (desta vez, sobre o mar), mas posso já dizer que valeu absolutamente a pena fazer esta viagem. Foi um privilégio poder conhecer a ilha de São Miguel e mal posso esperar por explorar as outras ilhas.

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