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Ler, escrever e viver

Ler, escrever e viver

Toda a vida que resta de Roberta Recchia

Ou um dos melhores livros que li ultimamente

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Comprei este livro primeiro pela capa e depois pela sinopse.

Aqui temos uma história que se passa em Roma e que vai desde os anos 50 aos anos 80. Temos um casal que se apaixona e decide casar em circunstâncias peculiares. Marisa e Stelvio têm dois filhos, o Ettore que se torna um pianista de sucesso e Betta.

Quando Betta tem 16 anos é brutalmente assassinada numa reviravolta que muda o rumo de toda a família.

A partir daqui, a história passa a ter duas narrativas, o luto dos pais de Betta e a vida da prima de Betta, Miriam que, sem ninguém saber, estava presente quando Betta morreu.

Gostei muito da história e da forma como a narrativa está contada. É impossível não sentir que estamos ali, a viver o drama daqueles personagens que parecem tão reais! Também gostei de tudo o que está nas entrelinhas deste livro, desde a vergonha pela gravidez da mãe de Betta (fora do casamento), a vergonha por Betta ter saído à noite para a praia e por, aos 16 anos, já se encontrar com rapazes (como se isso justificasse o seu brutal assassinato...), o luto dos pais e a sua revolta pela falta de respostas e interesse da polícia pelo caso. O final foi simplesmente perfeito.

Enfim, um excelente livro de estreia desta escritora Italiana que se lê de um só fôlego e um dos melhores livros que li nos últimos tempos. Infelizmente, acho que passou despercebido num mercado editorial onde os livros ficam uma semana (se tanto) nos destaques e onde é impossível para qualquer pessoa acompanhar o ritmo das novidades, tendo em conta que todas as semanas saem livros novos.

Mas este não merece passar despercebido. Recomendo muito.

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