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Ler, escrever e viver

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The big sick: A história real que vale a pena ver

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Esta história tem tanto de improvável como de cómica. Apesar de ser dramática. E um bocadinho existencial. Eu explico. Kumail, um comediante paquistanês a viver nos Estados Unidos apaixona-se por Emily, uma estudante de psicologia. Há um pormenor. Kumail é muçulmano e a mãe está determinada a vê-lo casar com uma rapariga da mesma religião. Emily fica doente e entra em coma. Durante esse período, Kumail conhece pela primeira vez os pais de Emily e é a relação que estabelece com eles que torna esta história extraordinária.

Não, esperem, o que a torna extraordinária é a história ser real. Emily e Kumail escreveram juntos o guião deste filme sobre a sua história de amor e Kumail, hoje um comediante genial, entra no filme fazendo… dele próprio.

“The big sick” (da Amazon) é um daqueles (raros) filmes originais, com diálogos inteligentes e personagens complexas. Fez-me rir (muito) e chorar (pouco) e é um dos melhores filmes que vi em largos meses. Se gostaram de What if (ou The f word) vão certamente gostar deste filme, que segue o mesmo género de comédia romântica alternativa.

Além disso, este filme é importante também porque tem um protagonista muçulmano a representar uma pessoa absolutamente normal numa produção norte-americana. Como Aziz Ansari (da série Master of none) disse numa entrevista:

If every time you see a Muslim person, it’s the f*cking guy from 24 or Homeland, yeah, it’s going to shape your opinion of all these people. If every time you saw a Muslim person on TV, and it’s my dad, you’ll be like, ‘These goofy people! They’re probably gonna ask me for a bite of my sandwich.’

Se ainda não ficaram convencidos, vejam o trailer.