Sobre saudades
Estava a ler o último livro da trilogia autobiográfica de Deborah Levy que se chama «Direito de propriedade» e gostei tanto desta passagem:
O Egeu é o mar dos deuses. É ambrósia. Néctar. Quente, mas não demasiado quente. É amistoso e é voluptuoso, como se fôssemos abraçados por um corpo nem demasiado próximo nem demasiado afastado. Tira-me a dor da esperança frustrada num amor duradouro, liga-me à minha mãe que me ensinou a nadar, serena os meus medos quanto ao futuro, alivia a tensão do meu casamento terminado, ajuda-me a ter ideias mas também me esvazia a mente, aproxima-me ao mesmo tempo da vida e da morte. Não sei porquê, mas é assim.
Se seguem este blog há algum tempo devem saber que eu amo a Grécia e tenho sempre saudades da Grécia, principalmente no Verão.
Outras coisas de que tenho saudades: andar de avião, comer pão quentinho com manteiga (não posso), do regresso às aulas, do cheiro a castanhas (nem gosto de castanhas mas gosto do cheiro).