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Sex education: a experiência social da netflix

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No geral, acho que o ser humano é muito dogmático. Muito convencido das suas próprias certezas. Bom, só posso falar por mim. Eu sou assim. Mesmo que não queira e mesmo que depois tenha de engolir o orgulho para desdizer o que disse. Foi assim quando depois de anos a dizer que de-tes-ta-va tartes de maçã decidi provar a do Macdonald’s. Convencidíssima de que ia detestar. E, claro, adorei. É só mergulhar num sundae de caramelo e torna-se numa das melhores coisas da vida. A sério, é mesmo bom.

 

Mas, adiante. Estava convencidíssima de que não ia gostar desta série depois de ver o trailer. Vi o primeiro episódio só porque tenho gostado de tantas coisas na netflix que se torna difícil dizer que não. E, claro, adorei. Esta série conseguiu pegar em todos os clichés da adolescência e das relações (amorosas e não só) e dar-lhes honestidade e humor. É uma espécie de experiência social. Criaram uma série em que os personagens se atrevem a dizer tudo aquilo que pensamos e não temos  coragem de dizer em voz alta. Sobre nós, sobre os outros, sobre a vida.

 

Junte-se a isto uma banda sonora dos anos 80, diálogos muito bem escritos, personagens bem construídas e umas paisagens de sonho. A sério, quão bonito é o sítio onde filmaram a série? Chama-se Wye valley e fica na fronteira entre a Inglaterra e o País de Gales.

 

A única coisa de que não gostei foi do final. Está tão inacabado que pede claramente uma segunda temporada (que ainda não foi confirmada) pelo que, quando acaba, uma pessoa se sente um bocadinho abandonada. Resta-me a consolação de que há muito para explorar nestas personagens pelo que acho muito provável que uma (ou mais) temporadas venham mesmo a acontecer. E ainda bem. Esta história merece mais do que aqueles oito episódios. 

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