Peixe-aranha: 2 // Eu: 0
Foi há dois anos que reportei aqui que tinha sido picada por um peixe-aranha quando tomava banho na belíssima meia-praia em Lagos. Na altura, estava quase a terminar de ler «A biblioteca da meia-noite» de Matt Haig.
Este ano, quando estava a tomar banho na bem mais fria água do Oeste, voltei a pôr o pé no sítio errado e lá senti (outra vez!) o espinho de um peixe-aranha. Parece que, apesar da água do oeste ser famosa por ser fria, este ano tem estado mais quente (comprovo!) e tem havido também mais peixes-aranhas por aqui.
Desta vez, não estava prestes a terminar nenhum livro, estava mesmo no início de «A troca» de Beth O’Leary que é exatamente aquilo que promete. Uma leitura fluida sobre uma avó e uma neta que trocam de vida. A neta tenta resolver o seu burnout do trabalho e alguns problemas da vida familiar trocando o burburinho de Londres pelo campo e a avó tenta apimentar a vida com encontros online em Londres. Não sei se é tão bom como o livro mais conhecido da autora «Apartamento partilha-se» que não li, mas vi e recomendo muito a série baseada no livro. Ainda assim, gostei muito de conhecer esta autora e, apesar do livro ser um romance que se lê muito bem trata temas como a saúde mental e o luto:
Quando as pessoas falam de perda, dizem sempre que nunca mais seremos os mesmos e que esse acontecimento vai deixar um buraco na nossa vida. (...) Mas, quando perdemos alguém que amamos, não perdemos tudo o que essa pessoa nos deu. Ela deixa qualquer coisa connosco.