Para 2019: um ano de clássicos
Este post também se poderia chamar: É este ano que vou ler os livros que estão na minha lista há séculos. Alguns já tinha em casa há muito tempo, outros foram sendo adquiridos nos últimos meses e ficando de parte, por uma outra razão.
Em primeiro lugar, quando estava a escrever este post percebi que não sabia bem o que era um livro clássico. E fui pesquisar. Segundo esta página, que tem uma definição muito boa, clássicos são livros intemporais, que não perdem valor com o tempo. São livros com um tema universal (como o amor ou a morte) capazes de mexer com pessoas de culturas diferentes. E, por último, são livros que influenciam outros autores.
A laranja mecânica de Anthony Burgess
Foi publicado nos anos 60 e conta a história de Alex, um adolescente membro de um gang que é capturado pelo estado e submetido a terapia de condicionamento social. Uma distopia que imagina uma sociedade futurista em que a violência atinge proporções assustadoras e provoca uma resposta igualmente agressiva por parte do governo totalitário.
Fahrenheit 451 de Ray Bradbury
Guy Montag é um bombeiro e o seu emprego consiste em destruir livros proibidos e as casas onde esses livros estão escondidos. Ele nunca questiona a destruição causada, e no final do dia regressa para a sua vida apática com a esposa, Mildred, que passa o dia imersa na sua televisão. Um dia, Montag conhece a sua excêntrica vizinha Clarisse ela apresenta-o a um passado onde as pessoas viviam sem medo.
Admirável mundo novo de Aldous Huxley
Um livro que descreve uma sociedade futura em que as pessoas seriam condicionadas em termos genéticos e psicológicos, a fim de se conformarem com as regras sociais dominantes. Tal sociedade dividir-se-ia em castas e desconheceria os conceitos de família e de moral. Bernard Marx, o protagonista, sente-se descontente com esse mundo. Então, numa espécie de reserva histórica em que algumas pessoas continuam a viver de acordo com valores e regras do passado, Bernard encontra um jovem que irá apresentar à sociedade asséptica do seu tempo, como um exemplo de outra forma de ser e de viver.
Mrs. Dalloway de Virginia Wolf
Nunca li nada de Virginia Wolf e decidi começar por este livro. Passa-se após a Primeira Guerra quando o Verão se apodera de Londres e Clarissa prepara-se para dar mais uma das suas festas. Mas o aparecimento de Peter Walsh, o seu primeiro amor, vai atiçar o passado, trazendo-lhe à memória os sonhos de juventude. E, de súbito, Clarissa Dalloway toma consciência da força da vida em seu redor.
A Campânula de vidro de Sylvia Plath
Foi publicado em 1963 com autoria atribuída a Victoria Lucas. O motivo que levou Sylvia Plath a recorrer a um pseudónimo foi a óbvia coincidência existente entre personagens, eventos e lugares ali descritos, e a realidade biográfica da autora. O livro é, assim, uma mistura entre realidade e ficção que tem servido, ao longo dos anos, a uma grande variedade de autores.
Já leram algum destes clássicos? Que outros livros sugerem?