O paraíso são os outros de Valter Hugo Mãe
Ainda bem que me cruzei com este livro do Valter Hugo Mãe numa feirinha de verão que tinha muitos livros em segunda mão. É um livro muito bonito, ilustrado e é uma ode ao amor, não somente ao amor romântico, apesar de também falar sobre isso, mas ao amor pelos outros (incluindo a minha gata na fotografia).
Um dia, eu e essa pessoa desconhecida vamo-nos encontrar por algum motivo e uma intuição talvez nos diga que chegámos à vida um do outro. Eu nem sempre acredito nisso. Mas não posso deixar de estar atenta. Aliás, sou mesmo assim, fico atenta a toda a gente. Gosto de olhar discretamente. Confesso. (...)
Acho que invento a felicidade para compor todas as coisas e não haver preocupações desnecessárias. E inventar algo bom é melhor do que aceitarmos como definitivo uma qualquer realidade má. A felicidade também é estarmos preocupados só com aquilo que é importante. O importante é desenvolvermos coisas boas, das de pensar, sentir, ou fazer.
Valter Hugo Mãe escreve no posfácio que escreveu este livro na sequência de «A Desumanização», um livro que ainda não li. Aliás, no que toca a Valter Hugo Mãe, ainda só li «O apocalipse dos trabalhadores» e, entretanto, ele já escreveu tantos livros que nem sei bem por onde continuar. Aceito sugestões.

