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Ler, escrever e viver

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O enigma do quarto 622 de Joel Dicker

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Não costumo ler muitos thrillers mas quando percebi, pela sinopse, que neste «O enigma do quarto 622» a ficção se misturava com a realidade e o próprio escritor se tornava uma personagem, decidi lê-lo. Neste livro, Joel Dicker instala-se como hóspede num hotel dos Alpes suíços onde 15 anos antes um homem tinha sido assassinado no quarto 622. A partir daqui, a história vai-se desenrolando entre o passado e o presente. O autor vai desvendando várias histórias dentro da história principal, que é o assassinato do membro de um dos mais importantes bancos privados da Suíça.

No início do livro, o autor apressa-se a mostrar-nos como se hospedou no hotel, percebeu que não existia um quarto 622, conheceu uma mulher que ficou tão intrigada como ele... enfim, toda uma sequência de eventos que ocupa poucas páginas, que achei inverosímil e cujos diálogos são francamente pobres. Mas, depois de ter decidido "comprar" a história que o Joel estava a contar, adorei este livro. É um romance um tanto novelesco, mas que nos agarra e as páginas vão passando sem nos apercebermos.

Está longe de ser um livro perfeito e houve outras coisas de que não gostei. A minha vontade de ler este livro veio do autor ser um personagem da história mas, apesar de gostar muito da ideia, achei a execução má. Lemos 30 ou 40 páginas da história do assassinato e dos seus personagens e depois há uma quebra na leitura para lermos umas duas páginas sobre a vida amorosa do autor no momento presente que, para dizer a verdade, não acrescentam absolutamente nada à narrativa.

Enfim, depois de ler «Persépolis» e «Maus» de seguida, que são dois livros excelentes, estava com dificuldade em ler o que quer que fosse e precisava de um livro envolvente, que não conseguisse largar e este foi o livro certo para isso.

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