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Ler, escrever e viver

Ler, escrever e viver

O desconforto que é escrever

Eu escrevo muito, sempre escrevi, pelo que o blog surgiu como uma extensão natural da minha escrita. Um bocadinho estranha, talvez, e desconfortável até. Escrever implica alguma vulnerabilidade, mesmo que não escrevamos sobre nós (a escrita é sempre sobre nós), mas sendo um blog um espaço público, a vulnerabilidade é maior.

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Vi esta quote da Ann Patchett no Brain Pickings e tive aquela sensação (dos filmes, dos livros e também das quotes) de que alguém me leu o pensamento e escreveu para mim:

Forgiveness. The ability to forgive oneself. Stop here for a few breaths and think about this because it is the key to making art, and very possibly the key to finding any semblance of happiness in life.

[…]

I believe, more than anything, that this grief of constantly having to face down our own inadequacies is what keeps people from being writers. Forgiveness, therefore, is key. I can’t write the book I want to write, but I can and will write the book I am capable of writing. Again and again throughout the course of my life I will forgive myself.

É isto mesmo. Não consigo escrever o blog que quero, mas vou escrevendo o blog que sou capaz de escrever até, quem sabe, este work in progress me levar ao blog que quero escrever (ou não).

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