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Ler, escrever e viver

Ler, escrever e viver

Marilyn de María Hesse

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Há muito tempo que tenho interesse em conhecer mais da história de Marilyn Monroe. Uma mulher que o público (e não só) via como uma loira burra que fazia uns filmes. Na realidade, Marilyn estudou literatura e representação, escrevia textos e poemas e deixou uma biblioteca com mais de 400 livros com autores como Dostoiévski, Walt Whitman e James Joyce. Rabiscava nos livros e dobrava páginas a que queria regressar mais tarde.

Teve uma infância triste, com a qual nunca fez as pazes. Cresceu entre uma mãe que pouco lhe deu e uma série de lares de acolhimento onde as famílias só estavam interessadas nos poucos dólares por semana que ganhavam por tomarem conta dela.

A sua história vai parar aos filmes de Hollywood de uma forma muito natural. Esse era também o sonho da mãe de Marilyn que viveu, em parte, rodeada de atores secundários e da ideia de que o sonho americano passava pelos ecrãs do cinema.

Marilyn bem tentou mas aquilo que lhe poderia ter dado uma vida boa, revelou-se uma sucessão de espinhos e fracassos. Por tudo isto, o final (do livro e da vida de Norma Jeane) não é surpreendente.

É engraçado que María Hesse tenha escrito a biografia ilustrada de Frida Kahlo e depois de Marilyn Monroe. Duas mulheres que alternaram entre a arte e uma vida privada cravada de espinhos. Duas mulheres que sofreram inúmeros abortos (Marilyn sofria de endometriose). Duas mulheres que deixaram um legado de arte e sofrimento. Marilyn deixou livros sobre a arte de Frida na sua biblioteca pessoal.

Tal como o da Frida, esta biografia é belissimamente ilustrada e uma boa introdução à vida de Marilyn. Quero muito ler a biografia romanceada de Joyce Carol Oates.

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