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Homens imprudentemente poéticos de Valter Hugo Mãe

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De Valter Hugo Mãe só tinha lido «O Apocalipse dos trabalhadores» e não gostei nada. Não gostei da história, nem dos personagens e achei que a escrita poética transformada em prosa do autor não se enquadrava naquele livro. Anos volvidos, deparei-me com esta capa (do ilustrador Júlio Dolbeth) na biblioteca e decidi dar uma segunda oportunidade ao autor. E ainda bem. Este livro é absolutamente maravilhoso.

«Homens imprudentemente poéticos» conta a história do artesão Itaro e do oleiro Saburo que são vizinhos e inimigos num Japão antigo. Esta é uma história feita de bons personagens cujo carácter vai sendo testado à medida que os capítulos avançam. E é também uma história de lendas, de sentidos e emoções. Ao contrário do outro livro que já tinha lido do autor, nesta história a prosa poética de Valter Hugo Mãe encaixa na perfeição.

Um pormenor importante que traz densidade a esta história é que o autor a faz acontecer no limiar da floresta de Aokigahara, uma floresta lindíssima que ganhou fama pelo alto número de suicídios que lá ocorrem. O problema começou, segundo consta, com um livro publicado nos anos 60 em que o casal da história escolhia o local para se suicidar.

Enfim, com duas experiências de leitura tão díspares deste autor, fico na dúvida sobre em que livro de Valter Hugo Mãe devo apostar a seguir. Se tiverem sugestões/opiniões sobre este ou outros livros do autor deixem nos comentários :)

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