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Ler, escrever e viver

Ler, escrever e viver

Duas novelas gráficas para ler: Blankets e O diário de Anne Frank

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Blankets de Graig Thompson - Este é um daqueles livros que provavelmente não teria lido se não o tivesse encontrado na biblioteca. As ilustrações são lindas, mas é um calhamaço de quase 600 páginas que custa uma fortuna, principalmente na versão em português. Assim, quando o vi na biblioteca, não podia perder a oportunidade de o ler.

Em Blankets, Graig conta-nos a sua infância e adolescência, incluindo o seu primeiro amor. A religião, e a relação de Graig com Deus e com a sua fé atravessa toda a história. Apesar dos seus pais serem muito religiosos, à medida que vai crescendo, as dúvidas de Graig sobre a sua fé vão aumentando. Gostei bastante desta história, e as cenas de Graig a viver o seu primeiro amor são incríveis, mas acho que não eram necessárias tantas passagens da Bíblia para transmitir as dúvidas de Graig com a sua fé.

O diário de Anne Frank de Ari Folman, David Polonsky e Anne Frank - O diário de Anne Frank marcou-me muito quando o li na adolescência. Desde então, já peguei neles muitas vezes para ler algumas passagens, mas tenho mais dificuldade em identificar-me com Anne do que quando li o diário com 13 ou 14 anos. Apesar disso, tinha as expectativas muito altas para este diário gráfico e fiquei muito surpreendida!

Adoro as ilustrações e o facto das páginas serem cheias de cor. Os autores optaram por manter alguns excertos de texto bastante generosos do diário, e acho que foi uma escolha muito acertada. A essência do diário são as palavras de Anne e fazia todo o sentido que elas estivessem, o mais possível, nesta novela gráfica.

Já tive a oportunidade de visitar a casa de Anne Frank e escrevi sobre isso aqui, uma experiência que não podia recomendar mais, onde podem também ver o diário.

Numa altura em que continuam a sair muitos livros sobre o Holocausto, mas que, cada vez mais, se parecem focar em romantizar o tema de alguma forma (romances de pessoas a apaixonarem-se em campos de concentração.... a sério?), é ótimo que a história de Anne continue a ser lida e ouvida, e que vá ao encontro de novas gerações de leitores.

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