As novas séries que ando a ver: Unorthodox e Kalifat
Unorthodox (na imagem acima) e Kalifat são duas séries da netflix que não estão muito longe da realidade (ou de algumas realidades) e que não podem perder.
Unorthodox (Netflix)
Uma minissérie de quatro episódios sobre Esther, uma mulher judia que nasce e cresce numa comunidade ultra-ortodoxa no bairro de Brooklyn, em Nova Iorque. Esther acaba por fugir de um casamento arranjado e da vida na comunidade para se refugiar em Berlim. É uma série adaptada do livro autobiográfico de Deborah Feldman.
A série é excelente. Adorei a forma como os rituais desta comunidade vão sendo revelados aos poucos e o crescimento da personagem principal ao longo dos episódios. É que a Esther do primeiro episódio é uma pessoa muito diferente da Esther do último episódio e essa construção está extremamente bem conseguida. É uma série a não perder e fiquei com muita vontade de ler o livro.
Kalifat (netflix)
Uma série sueca sobre a radicalização de um grupo de jovens raparigas que decidem largar tudo e juntar-se ao Estado Islâmico na Síria. São várias histórias distintas que acabam por se cruzar. Temos Pervin, uma jovem mãe que vive em Raqqa, na Síria, e quer desesperadamente regressar à Suécia, país onde acompanhamos duas irmãs (Sulle e Lisha) e uma amiga (Kerima) que vão sendo seduzidas aos poucos para o Estado Islâmico.
Nalguns aspetos esta série faz-me lembrar Homeland. A protagonista da polícia sueca (Fatima) também é uma mulher forte que nem sempre confia no trabalho das autoridades e procura agir sozinha.
É um thriller que nos deixa constantemente em suspenso e que não conseguimos parar de ver até ao último episódio, que levanta algumas dúvidas sobre se a série fica por aqui ou segue para uma segunda temporada.
É uma série brilhante que merece ser vista por todos. (E quão estranho é ouvir falar sueco durante umas quantas horas?)