As girafas instagramáveis de Nairóbi
Acho que todas as pessoas que têm Instagram já se depararam com a mansão das girafas de Nairóbi, um hotel caríssimo onde as girafas fazem companhia ao pequeno-almoço. Acontece que, felizmente, estas girafas também podem ser visitadas num centro de conservação em Nairóbi.
O centro trabalha na proteção das girafas de Rothschild, uma subespécie de girafa que se encontra na zona este de África. Quando o centro abriu, no final dos anos 70, só havia 130 girafas desta subespécie no Quénia. Jock e Betty Leslie-Melville, o casal que abriu este centro, levou duas girafas para a sua propriedade em Nairóbi e começou um programa de reprodução em cativeiro, que se mantém até hoje. O objetivo é aumentar a diversidade genética da população na natureza e garantir a continuação desta subespécie.
As subespécies de girafas podem ser distinguidas pelo padrão de manchas que, no caso das Rothschild, têm manchas onduladas e são creme dos joelhos para baixo. Além disso, o padrão de manchas de cada girafa é único, como as nossas impressões digitais.
Do centro, as crias são introduzidas na natureza quando têm entre 2 a 3 anos e são capazes de viver de forma independente. No dia em que visitámos, algumas crias tinham sido levadas para parques nacionais, pelo que, tirando duas girafas mais curiosas, as outras estavam na floresta, sem vontade nenhuma de se aproximar de nós, o que é compreensível.
Hoje em dia, já existem mais de 300 destas girafas no país, muito graças ao trabalho deste centro.