A hora do Vampiro de Stephen King
Tenho uma relação de amor-ódio com os livros do Stephen king. Não gostei muito de «Carrie», mas depois gostei bastante de «O intruso» e de «Escrever», apesar de este ser de não ficção. Para tirar as teimas, decidi ler «A hora do vampiro: Salem’s lot», e ainda bem.
Primeiro, este é um livro de vampiros e isso vem logo no título, mas não entendo porquê. Na sinopse do livro, não há qualquer referência ao assunto e, no livro em si, só descobrimos que o “problema” são vampiros por volta da página 100. Acho que adensava mais o mistério se isto não estivesse logo referido na capa.
Este livro passa-se numa pequena cidade pacata de New England, onde nunca acontece nada. Ben Mears - um escritor que cresceu na cidade - decide regressar para escrever um livro. Ben passou a infância, como muitos miúdos da cidade, atormentado com a a casa Marsten, uma velha mansão, sobre a qual há muitos rumores obscuros.
Entretanto, dois rapazes aventuram-se num bosque e apenas um deles de lá saí, e outras pessoas começam a desaparecer… Ben (escritor) junta-se com um professor, um médico e um padre para investigar o que está a acontecer na cidade.
Como sempre, o Stephen King demora umas boas dezenas de páginas a criar o ambiente do livro mas, depois disso, a escrita fluí bem e o livro, sendo uma história com alguns momentos pesados (como o funeral de uma criança), tem muito sentido de humor.
É um dos primeiros livros do King, foi escrito nos anos 80 e, apesar de não ser tão conhecido como Misery ou O Iluminado, é uma boa aposta para quem gosta de livros de terror/suspense.
