A história de Nellie Bly: pioneira do jornalismo de investigação
Sempre tive curiosidade em ler os livros de Nellie Bly. Esta pioneira do jornalismo de investigação fez a cobertura da I Guerra Mundial da frente oriental e da luta das sufragistas.
Esta novela gráfica foca-se na sua reportagem mais conhecida, uma investigação sobre as condições de um asilo/hospital psiquiátrico feminino de Nova Iorque em 1887.
Nellie consegue ser "internada" neste hospital durante 10 dias. Conhece as histórias das mulheres lá internadas. Muitas eram um fardo para a família e foram enviadas para este asilo. Outras são imigrantes sem dinheiro à procura de um emprego que acabaram neste asilo porque procuravam um sítio onde pudessem ficar até encontrarem um emprego.
As enfermeiras são rudes, frias. É tudo frio. Nellie não consegue dormir de noite com o frio que faz e todos os banhos, para os quais as mulheres ficam nuas em frente das enfermeiras, são feitos com água gelada. A comida é fria. A roupa é fria.
Nellie fica na melhor parte do hospital porque, conta-se entre as mulheres, há uma parte onde as mulheres são escondidas e torturadas. A sua investigação deu então origem ao livro «Dez dias no manicómio» que fiquei bastante curiosa para ler. A tradução da novela gráfica de Nellie Bly foi publicada pela Levoir em conjunto com o Público para o Dia Internacional da Mulher (8 de março) e está disponível aqui.