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Ler, escrever e viver

Ler, escrever e viver

A minha infância cheira a maresia

Primeiro a praia do Magoito onde aproveitávamos para fazer piqueniques no mato e a minha avó bem dizia o estar a apanhar o iodo que o médico lhe recomendava. Depois subimos e as férias eram passadas num pequeno T1 no oeste onde tínhamos um beliche (o sonho de qualquer criança). Acordávamos sonolentos com nevoeiro cerrado lá fora e ficávamos a ver as repetições do inspector Max ou de uma aventura. Quando o nevoeiro levantava (e levantava quase sempre), a pergunta que se impunha (...)

A minha estante - versão 2024

Eu já tinha feito um post destes em 2020, mas tendo em conta que a minha estante mudou consideravelmente desde então, decidi fazer uma bookshelf tour actualizada. O quebra-nozes na porta foi uma prenda da sweet. Aproveitei que ainda tenho algum espaço livre na estante (não muito) para guardar aqui a máquina (...)

Uma prece ao mar de Khaled Hosseini

Eu sei, é exaustivo preocuparmo-nos com todas as tragédias do mundo ao mesmo tempo. Tivemos uma crise de refugiados (e ainda temos) que foi abafada pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que foi abafada pela ocupação da Palestina, que vai ser abafada pela próxima tragédia. Pelo meio, ainda houve uma pandemia. Infelizmente, é assim que vai o mundo. Este livro (...)

Amêndoas de Won-Pyung Sohn: uma pequena desilusão

Eu sei que este livro é um favorito de muita gente, mas, infelizmente, não foi essa a minha experiência de leitura. Aqui temos Yunjae, um personagem adolescente que sofre de uma condição neurológica - alexitimia - que faz com que tenha dificuldade em identificar e expressar as suas emoções, assim como identificá-las nos outros, o que o leva a não dar (...)

O teatro de Emma Santos: vivências num hospital psiquiátrico

Este livro foi uma recomendação da Lena. Sabia que o livro estava relacionado com as vivências da autora num hospital psiquiátrico, mas fiquei confusa por se chamar o teatro. Na verdade, esta edição reproduz o texto que foi representado em palco pela autora entre Dezembro de 1976 e Janeiro do ano seguinte. Emma Santos escreve sobre a doença mental (ou a loucura como, tantas vezes, lhe chama) e (...)