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Ler, escrever e viver

Ler, escrever e viver

O deus da floresta de Liz Moore

Um bom thriller

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Não costumam passar por aqui muitos thrillers porque, sendo um género que aprecio, são raros os que me enchem as medidas. Mas este foi um deles.

Aqui temos a história de uma família rica, a família Van Laar, que tem uma casa num grande terreno no meio de um floresta densa onde há também um campo de férias para crianças de famílias ricas que decorre durante seis semanas todos os Verões.

Em 1961, Bear de oito anos, o filho curioso e meigo do casal Van Laar desaparece na floresta para nunca mais ser visto. Em 1975, Barbara, a pré-adolescente difícil que o casal teve depois do desaparecimento do filho, também desaparece durante a noite enquanto frequenta o campo de férias durante o Verão.

Será que os dois desaparecimentos estão relacionados? Será que a família Van Laar tem algo a esconder?

Gostei muito deste thriller, fiquei agarrada da primeira à última página e gostei muito das questões que levanta sobre família e classes sociais. Uma boa surpresa.

Victorian Psycho de Virginia Feito

Uma desilusão

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Eu não li o livro anterior da autora «Mrs. March» do qual li opiniões contraditórias, mas fiquei muito curiosa com o título e com a sinopse deste livro. Mal eu sabia no que me estava a meter...

Neste livro temos uma precetora, na altura vitoriana, que viaja para a casa de Mr. e Mrs. Pounds para educar os dois filhos do casal. Logo na primeira página do livro, sabemos como o mesmo vai acabar:

Estamos no início do outono, o frio começa a diminuir e, dentro de três meses, toda a gente nesta casa estará morta.

Percebemos, também, desde o início do livro que a personagem principal, a precetora, tem um certo grau de loucura e um passado sombrio que tenta ocultar dos outros ocupantes da casa. Desde logo pelos seus pensamentos violentos, pelas histórias macabras que conta às crianças antes de as adormecer e pelas respostas vagas em relação às crianças de quem cuidou anteriormente (desapareceram...).

Achei o livro curioso, mas exageradamente violento. Eu gosto de livros, filmes e séries de terror mas gostava muito de poder esquecer as últimas páginas deste livro. Não vejo necessidade nenhuma para uma violência tão gráfica (e que nunca mais acaba...). Não há aqui nenhum personagem de quem se consiga gostar, tirando as crianças (que, enfim, são crianças) e o cão (cujo final nunca ficamos a saber). Também não consegui gostar do humor negro da precetora que achei demasiado forçado. Enfim, não sei se vou ler mais livros desta autora. Mas se são pessoas impressionáveis (eu devia ter olhado com mais atenção para o sangue na capa do livro... não leiam este livro).

Uma pequena livraria na minha estante

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Já tinha partilhado aqui um bocadinho do processo de montar um Book nook, por isso, agora mostro o processo de montar a livraria de canto da Rolife.

Esta tinha muito mais peças (como dá para ver pelo resultado final), por isso, demorou mais tempo (6 horas) complicadas pelo facto da minha gata ter ganho muito apreço em tentar roubar-me as plantas.

No geral, a montagem foi muito semelhante ao book nook, ou seja, são peças que se destacam do cartão e se encaixam umas nas outras. Nalguns passos, é preciso usar cola mas, no geral, achei o processo simples e as instruções claras (são 49 páginas). A maior diferença em relação ao book nook é que, além de ter mais peças, tem muitos elementos decorativos para usar no final (plantas, livros, estantes, uma caixa do correio, enfim, tudo e mais alguma coisa).

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A supervisionar o meu trabalho (alguém tinha de o fazer, não é verdade?)

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(A ladra das plantas apanhada em flagrante)

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(O resultado final na estante)

Irmãs Blue de Coco Mellors

Um livro favorito

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As «Irmãs Blue» conta a história de quatro irmãs. Avery, a irmã mais velha, é uma viciada em heroína em recuperação que se tornou advogada e vive com a mulher em Londres. A segunda irmã, Bonnie, é uma antiga pugilista que, depois de um combate falhado, trabalha como segurança em Los Angeles. Depois temos Lucky, a irmã mais nova que trabalha como modelo em Paris e se refugia em festas, álcool e drogas para fugir à realidade.

As irmãs, agora apenas três, lidam com a perda devastadora de Nicky. Um ano depois da sua morte, regressam a Nova Iorque para impedir a venda do apartamento onde foram criadas pelos pais, uma mãe fria e distante e um pai alcoólico.

Este é um livro lento, que conta a história de personagens a lidar com uma perda inesperada. É um livro sobre família, sobre perda e sobre luto.

- Acredito que tudo acontece - respondeu Avery. - Ponto final. É assim mesmo. As coisas acontecem e temos de aprender a viver com elas (...) Se conseguirmos encontrar um significado para elas, ótimo, mas mesmo que não consigamos, temos de viver com elas na mesma. O significado é uma reflexão posterior, uma anestesia.

Apesar das suas 350 páginas, tem apenas 12 capítulos, cada um deles focado no ponto de vista de uma das irmãs.

É certamente um dos melhores livros que li este ano e podia ter ficado muito mais tempo no mundo e nas personagens criados por Coco Mellors.

Já leram este ou o outro livro da autora «Cleópatra e Frankenstein»? Estou curiosa com este outro livro da autora.

The Pitt: a série genial da HBO

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Soube que ia gostar desta série assim que, num dos primeiros episódios, aparece um homem nas urgências com uma coleira estranguladora presa no pescoço. Basicamente, ele achava que o cão da namorada ladrava muito e ofereceu-lhe uma coleira estranguladora. No dia seguinte, acordou com a mesma colada ao pescoço e teve de ir às urgências.

Também há uma cena em que uma senhora que diz que as máscaras não servem para nada. Tem de fazer uma cirurgia mas, quando lhe sugerem que os cirurgioẽs não usem máscara para respeitar a sua vontade, muda logo de ideias.

The Pitt segue a vida dos médicos, internos e enfermeiros das urgências do hospital de Pittsburgh. Cada episódio acompanha apenas uma hora da vida destes profissionais no caos das urgências. Tal como noutras séries médicas, os episódios seguem a vida dos pacientes, algumas tristes e outras engraçadas e das pessoas que trabalham nas urgências.

Não sendo médica, vejo aqui muita coisa que me parece bastante real, como a constante necessidade de libertar camas nas urgências, pacientes que ficam horas intermináveis à espera de ser atendidos (quem nunca?) e profissionais de saúde que tentam fazer o melhor que podem com poucos recursos (poucas pessoas, pouco dinheiro) enquanto lidam com os seus problemas pessoas.

Por ser uma série americana, toca nalguns aspectos muito característicos da sociedade, como os tiroteios em massa.

A primeira temporada tem 15 episódios e está disponível na HBO. Felizmente, já está renovada para segunda temporada. Que grande série! Se gostam de séries médicas, não percam esta!

Trailer aqui

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