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Ler, escrever e viver

Ler, escrever e viver

Voar em Monteverde e o paraíso dos colibris

Voar em Monteverde

Se me tivessem dito que ia fazer onze linhas de ziplining sobre a floresta nebulosa de Monteverde à chuva, jamais teria acreditado. Mas, só tinha uma oportunidade para viver esta experiência (quem sabe se vou ter oportunidade de voltar à Costa Rica e a Monteverde...).

Honestamente, estava bastante ansiosa com a experiência, mas foi absolutamente incrível. Parece que estamos a voar sobre as árvores da floresta e, de certa forma, estamos mesmo. Estamos sobre a floresta, sentimos a chuva, ouvimos as aves. Foi inesquecível.

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Eu à frente e uma das minhas companheiras de quarto de 70 anos (a Mo) atrás de mim.

Depois de nos acostumarmos com a posição em que temos de estar e de como parar (se bem que há sempre guias para nos ajudar), foi só aproveitar cada segundo.

Algumas ziplines tinham mais de 1 km de comprimento. Nas últimas duas íamos a “voar” em posição de spiderman (ou spiderwomen como brincou o guia) e a última era um túnel escuro longuíssimo em que, a certa altura vemos, literalmente, a luz ao fundo do túnel.

 

O paraíso dos colibris

Outra actividade que adorei em Monteverde foi o jardim dos colibris, uma pequena loja que tem vários bebedouros para colibris no jardim e onde podemos estar muito perto deles.

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Sabem aquele ditado de que há portugueses em todo o lado? Pois, eu estava numa loja de "recuerdos" em Monteverde quando ouvi falar português. E assim, meti conversa com um grupo de portugueses que estavam há 8 dias na Costa Rica e só tinham apanhado chuva. No meu caso, estive 12 dias na Costa Rica e o único dia em que apanhei chuva foi mesmo o dia que passei em Monteverde. Supostamente, Novembro é o último mês de chuva na Costa Rica e de início da época seca, mas o tempo está a mudar em todo o lado e, no ano passado, Novembro foi um mês de chuvas fortes e inundações no país.

Um centro de reabilitação de animais selvagens na Costa Rica

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O Costa Rica Animal Rescue Center recebe de tudo e mais alguma coisa, desde animais apanhados em situações de tráfico, animais apanhados feridos e levados para o centro e animais mantidos ilegamente em casa e apreendidos pela polícia da Costa Rica. Um dos problemas é que os animais que já estão domesticados raramente podem ser devolvidos ao meio natural porque estão acostumados a pessoas, alguns foram maltratados e tornam-se muito agressivos com pessoas (principalmente os macacos), não estão habituados a defender-se de predadores ou a procurar comida…

Aqui ficam alguns dos animais que conhecemos:

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Esta é uma preguiça de três dedos. Há duas espécies de preguiças na Costa Rica, as de dois dedos e as de três dedos que são mais comuns e mais fáceis de encontrar (e são aquelas que parecem sorrir nos postais e fotografias).

Esta preguiça tem 7/8 meses e vai ser devolvida ao habitat natural. Normalmente, as preguiças passam os primeiros meses com a mãe. Primeiro mamam, depois a mãe alimenta a cria com folhas regurgitadas e, mais tarde, ensina-a a alimentar-se sozinha e trepar às árvores. Um dia, simplesmente, desaparece deixando a cria sozinha.

Como neste caso, esta cria foi encontrada quando ainda devia estar com a mãe, é preciso haver um processo de reabilitação física para aprender a trepar árvores e a procurar alimento, o que faz com que só possa ser libertada com três anos de vida.

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Aqui temos uma preguiça com dois dedos que vive na floresta do centro de reabilitação. Apesar de ter sido devolvida ao habitat natural preferiu não se afastar do centro. Na natureza, as preguiças vivem sozinhas. Além disso, dormem muito (como todos sabemos) e tornam-se ativas por volta do final da tarde.

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Há muitas, mas mesmo muitas aves no centro que vieram de situações de tráfico (muitas são da Costa Rica, mas outras são do Brasil, por isso, nem sequer podem ser libertadas na Costa Rica). Outras foram domesticados e, por isso, fazem muito barulho. O problema disto é que, ao fazerem barulho na natureza, acabam por atrair predadores.

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O centro também tem 12 veados que estão domesticados e, por isso, não podem ser devolvidos.

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Aqui temos macacos Capuchin (macacos capuchinhos). Podem parecer fofos, mas são extremamente agressivos. Gostam de observar as pessoas durante algum tempo para depois atacar. Na natureza, vivem em grupos grandes e, como no centro só há seis, seriam atacados e mortos por um grupo maior se devolvidos à natureza.

Este macaco da fotografia (em cima) era agredido pela dona e, por isso, é muito agressivo com mulheres. Neste caso, estava precisamente a olhar para um grupo só de mulheres... (ainda bem que havia uma vedação).

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Aqui temos Spider monkeys (macacos-aranha). Os do centro também são extremamente agressivos. Um deles pertencia a um cartel que o ensinou a beber, fumar e tomar cocaína. Não podem ser libertados porque podiam literalmente matar alguém (afinal, foi para isso que foram treinados...)

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Estas tartarugas pertenciam a um grupo de freiras que decidiram levá-las ao centro quando perceberam que podiam viver até aos 40 anos (atitude muito católica...).

O problema mais grave do centro é, no entanto, o próprio governo da Costa Rica. Todos os processos para libertar animais têm de ser aprovados pelo governo que, muitas vezes, demora anos a completar os processos. Ora, 3 ou 4 anos depois de um animal estar num centro de reabilitação a contactar com voluntários e a ser alimentado já está domesticado e não pode ser devolvido ao meio natural...

Se forem à Costa Rica recomendo muito a visita a este ou outros centros de reabilitação (há muitos no país). Este fica a 45 minutos de San José e podem saber mais sobre o seu trabalho aqui.

Say Nothing: a série sobre os conflitos na Irlanda do Norte

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É difícil ficar indiferente a esta história baseada num livro e numa história verídica.

«Say nothing» conta a história de vários membros que pertenceram à IRA (Irish Republican Army) durante os conflitos na Irlanda do Norte nos anos 60 e 70. Em 2001, o Boston College lançou o Projecto Belfast, uma história oral deste conflito contada por antigos membros da IRA com a promessa de que a sua história só seria divulgada depois da sua morte.

A história concentra-se em duas irmãs - Dolours e Marian Price - que foram das primeiras mulheres a ter um papel de destaque na IRA. Depois de um protesto pacífico em que sofreram uma emboscada por protestantes e uma delas foi agredida, as irmãs foram radicalizadas e juntaram-se à IRA. Na altura, as mulheres tinham sobretudo um papel de cuidar dos homens como, por exemplo, fornecer primeiros socorros. Estas duas irmãs queriam "fazer o que os homens faziam na IRA".

Começaram por assaltar bancos para gerar dinheiro para a IRA e depois passaram a transportar material explosivo em carros para atravessar a fronteira e matar o maior número de soldados britânicos possível.

Em 1973, as irmãs participam na colocação de bombas em carros em Londres. Pelo menos 200 pessoas ficaram feridas e as irmãs foram presas. Apesar de terem sido sentenciadas a 20 anos de prisão, greves de fome fizeram com que acabassem libertadas mais cedo.

No entanto, a cena mais marcante desta série é logo a primeira cena de todas em que uma mãe de 10 crianças é levada pela IRA para nunca mais ser vista. O corpo de Jean McConville só viria a ser encontrado em 2003 e ela nem sequer era contra a IRA, era simplesmente alguém que queria viver a sua vida de mãe e dona de casa e não se envolver nos conflitos. Não chega a ser conclusivo se as irmãs foram responsáveis pela sua morte, apesar da série sugerir que sim. Esta foi apenas uma das muitas pessoas raptadas, mortas e enterradas em segredo pela IRA durante as décadas de 60 e 70.

A série está disponível na Disney plus.

Trailer aqui.

The house of my mother de Shari Franke

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No Verão de 2023, Ruby Franke, uma mãe de seis filhos que pertence à igreja Mórmon ou LDS (The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints) e que partilhava a sua vida no Youtube num canal chamado 8 passengers foi presa, em conjunto com uma amiga e terapeuta da sua família - Jodi Hildebrandt - por abuso infantil. Na altura, um dos seus filhos, um rapaz de 12 anos fugiu de casa e foi pedir comida e água a um vizinho que chamou o 112. Estava visivelmente subnutrido e tinha feridas por ter estado amarrado.

Agora, a filha mais velha de Ruby e Kevin - Shari Franke - partilha a sua história neste livro.

Percebemos que Ruby sempre foi uma mãe rígida e demasiado exigente com os filhos. Queria que eles fossem perfeitos e, no seu narcisismo, não tolerava qualquer comportamento que fugisse à imagem perfeita que queria mostrar nas redes sociais. Acordava os filhos às 5 da manhã para aprenderem piano e batia-lhes nos dedos quando a peça não saia como ela queria.

Depois, quando Shari já era pré-adolescente, a mãe criou o canal no Youtube que foi crescendo até atingir mais de um milhão de subscritores. Todos os momentos que deviam ser privados, incluindo o seu primeiro período, o primeiro namorado, uma ida às urgências com mononucleose, as férias em família... tudo era conteúdo que tinha de ser filmado para o Youtube. A privacidade desapareceu.

Como resultado das circunstâncias em casa, Shari desenvolve problemas de saúde mental e, depois de muito insistir com a mãe, começa a fazer terapia. Quando a terapeuta diz a Ruby (com a permissão de Shari) que esta não gosta de tocar piano e não o quer continuar a fazer, Ruby acaba imediatamente com a terapia.

Shari (e os irmãos) vivem constantemente com o medo de dar qualquer passo em falso que possa despertar a ira da mãe.

Quando Jodi se torna terapeuta da família, tudo piora. Jodi consegue trazer o pior de Ruby ao de cima. Com o tempo, o pai Kevin, que sempre foi um personagem passivo nesta família fazendo tudo o que Ruby queria, acaba por sair de casa e Jodi muda-se para a casa dos Franke. Quando vai para a faculdade, a família corta relações com Shari e a sua preocupação com os irmãos mais novos vai crescendo.

Até ao dia.

O dia em que Ruby e Jodi são presas por abuso infantil e se consideraram culpadas. As quatro crianças ainda menores foram retiradas a Ruby e passaram para o sistema de famílias de acolhimento (esperemos que estejam com boas famílias depois de tudo o que passaram). Neste momento, Ruby e Jodi aguardam, em prisão preventiva, a sua sentença que será de 4 a 30 anos de prisão.

Não posso deixar de admirar a resiliência de Shari e a sua resposta numa entrevista em que lhe perguntaram se queria dizer alguma coisa à mãe: "Tell her I'm happy without her". Go Shari!

O audiobook está disponível no audible e é lido pela autora.

Não, não quero voltar a ler Neil Gaiman

Fui ler a reportagem de Lisa Shapiro para New York Magazine sobre os alegados abusos sexuais perpetuados por Neil Gaiman ao longo de vários anos. Aqui fica apenas um excerto de uma entre oito histórias (e esta é das menos chocantes):

At a reading ten months later, Gaiman suggested that Kendall and two other girls wait for him on his tour bus so they could all hang out after he was done signing. When Gaiman showed up, he pulled Kendall into the back of the bus and lay on top of her. He kept saying, “Kiss me like you mean it,” Kendall remembers. She tried to get into it, but she was panicked. Eventually, Gaiman rolled off her. “‘I’m a very wealthy man,’” she remembers him saying, “‘and I’m used to getting what I want.’” (Years later, Gaiman gave Kendall $60,000 to pay for therapy in an attempt, as he put it in a recorded phone call, “to make up some of the damage.”)

Apesar de não ser dos meus autores preferidos, li Coraline e gostei bastante, vi Sandman na Netflix e também gostei e tencionava ler outros livros do autor, mas isso mudou.

Duvido que conseguisse ler qualquer coisa do autor sem me virem à mente os detalhes grotescos daquela reportagem.

Não quero voltar a ler Neil Gaiman, assim como não quero ler Marion Zimmer Bradley.

Podem ser dois escritores talentosos (não digo o contrário), mas há muitos outros escritores talentosos no mundo que posso ler. Porquê que vou dedicar o meu tempo a duas pessoas que fizeram coisas atrozes? A Neil Gaiman que escrevia livros infantis enquanto abusava de mulheres com o filho de cinco anos em casa? Não, obrigada.

Não quero ouvir dizer que a “cancel culture” vai acabar por cancelar toda a gente. Se cancelar todos os abusadores sexuais, fico muito contente com isso.

Antes de julgar Neil Gaiman, lembre-se de toda a sensibilidade e humanidade da sua obra, a alegria que ela trouxe. Então julgue-o ainda mais severamente, porque sabe que ele sabia como ser uma pessoa decente e escolheu fazer o contrário. Daqui.

A alma (e os gatos) da Casa Alma em San José, Costa Rica

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A Casa Alma em San José é um sítio verdadeiramente especial. Em primeiro lugar, as moradas em San José (e noutros sítios da Costa Rica) são algo muito curioso. Por exemplo, a morada da casa era algo como "100 metros a oeste da Igreja x". Também vimos uma morada que era "500 metros a sul da árvore x", sendo que neste caso a árvore já nem sequer existia...

A Casa Alma é um alojamento local. Não tem nada de luxuoso, mas os quartos são limpos e confortáveis. A comida, preparada pela Flory, mistura comida da Costa Rica e da Venezuela e é incrível. Há uma estante com livros e outra com jogos para a área comum e um pátio interior com três gatos amorosos.

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Aqui, todos os hóspedes se conhecem e as portas dos quartos não são trancadas. Não é preciso. Além disso, tudo aquilo que é deixado para trás por viajantes é entregue a uma instituição.

Na verdade, a Kim e o Alex, uma norte-americana e um venezuelano, que gerem o alojamento, também fazem tours pela Costa Rica e foi com eles que decidi fazer a minha viagem. Além da relação qualidade-preço ser excelente (a Costa Rica é um país caro para se viajar porque a maioria dos turistas são norte-americanos ou canadianos e os preços estão feitos para eles), ficámos sempre em alojamentos locais incríveis, as atividades estavam todas incluídas, assim como a maioria das refeições. Tiveram sempre o cuidado de garantir que todos os viajantes se sentiam seguros e confortáveis. Não podia recomendar mais a Alma tours.

De resto, as pessoas são genuinamente simpáticas e a Costa Rica é um país maravilhoso mas isso fica para os próximos capítulos.

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Preparar uma viagem à Costa Rica

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Algumas coisas importantes sobre preparar uma viagem à Costa Rica:

✅ Não precisam de visto (se forem cidadãos portugueses), mas precisam de um passaporte válido e seguro de viagem.

✅ Devem fazer uma consulta do viajante mas, como não sou médica, deixo essa parte para quem sabe. Queria só referir que já temos disponível em Portugal uma vacina contra o dengue. Ora, o dengue é transmitido pela picada de um mosquito e, no ano passado, havia um grande surto de dengue um pouco por toda a América latina e do sul. Até já temos quem discuta se, com as alterações climáticas, o vírus poderá ou não chegar a Portugal. Mas adiante, a vacina é dada em duas doses com, pelo menos, 3 meses de intervalo, o que implica pensarem nisto com alguma antecedência.

É comprada na farmácia e depois dada num centro de saúde ou clínica privada e é cara. Cada dose custa cerca de 101 euros.

O dengue pode causar sintomas semelhantes a uma gripe, mas a sua forma mais grave é o dengue hemorrágico que, bom, como o nome indica, pode causar hemorragias severas e é definitivamente uma doença que não querem apanhar. A vacina protege contra os quatro serotipos de dengue, mas continua a ser aconselhável que usem sempre repelente.

Quando tomei a primeira dose, não me custou nada. Tive zero sintomas até que, exatamente 7 dias depois de ter levado a vacina fiquei cheia de dores no corpo e dores de cabeça. Fui ler a bula e lá estava a explicação:

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Durou dois dias e depois passou. A vacina do dengue é uma vacina viva, pelo que ter alguns sintomas ligeiros após a toma é normal. Na segunda dose, já não tive sintomas.

Loop ear plugs - Foram-me recomendados por uma amiga e já os usava para dormir. A diferença que senti para outros tampões para os ouvidos é que, quando postos corretamente (há um truque bastante simples para os colocar bem) são muito confortáveis e dificilmente caem.

Há uns tempos, fiz uma viagem de avião de Londres para Lisboa. Era muito tarde, quase de madrugada, estava muito cansada e tinha um rapaz vestido de banana para o que julgo ser uma festa de despedida de solteiro em Lisboa. Estava na fila à minha frente e vinha a falar alto com os amigos e a tirar selfies. Lembrei-me dos loop e foi remédio santo. Consegui descansar o resto da viagem e passei a usá-los sempre que quero dormir ou descansar num avião ou autocarro.

Revolut - Foi a primeira viagem em que usei o cartão e correu muito bem. Basicamente, permite-vos fazer compras em qualquer lado sem pagar taxas. Não cheguei a levantar dinheiro na Costa Rica, usei sempre o cartão, mas, se quiserem usar dinheiro eles aceitam tanto o colón (moeda da Costa Rica) como dólares americanos/canadianos.

✅ Sim virtual - Também foi a primeira vez que usei e recomendo a informação deste blog. Paguei 15 euros por 15 dias de dados móveis, mas não funcionou em todos os locais onde não havia Wi-Fi...

✅ Capa de telemóvel para a chuva (acabei por não usar porque não foi preciso) e uma para vocês também porque, afinal, é um país tropical.

✅ A água é potável em todo o lado, excepto na zona das Caraíbas, por isso, nos restantes locais basta usarem uma garrafa reutilizável.

✅ O sistema sanitário da Costa Rica não permite que o papel seja deitado na sanita, por isso, tenham sempre atenção  a isso.

✅ As estradas são poucas e bastante degradadas nalguma zonas, por isso, uma viagem que demoraria 3 horas pode levar 5, uma que demoraria 5 pode levar 8. Considerem isso quando prepararem o vosso itinerário. Se decidirem, por exemplo, passar dois ou três dias em cada parque natural, vão acabar por passar muito mais tempo em transportes.

✅ A morte por afogamento é a principal causa de morte de turistas na Costa Rica. No Pacífico, as correntes são muito fortes, por isso, vão sempre acompanhados à água e não se aventurem muito.

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✅ Falem espanhol. Mesmo que não saia perfeito e que tenham de se esforçar para ser entendidos, os ticos (as pessoas da Costa Rica) ficam genuinamente felizes por poderem pôr o inglês de lado e ter uma conversa em espanhol.

Sabem aquelas pessoas que adoram organizar viagens? Pois, não sou eu. De modo que fui numa viagem organizada por uma pequena empresa da Costa Rica. Isto para mim era importante porque queria deixar o meu dinheiro localmente. A Costa Rica, principalmente no lado do Pacífico, está a passar por um processo grande de gentrificação. Os alojamentos locais estão a ser substituídos por resorts que se tornam zonas turísticas caras. Por isso, os locais acabam por não suportar o custo de vida e deixar a área. Mesmo os trabalhadores dos resorts, que ganham um salário mínimo de 687 dólares por mês, fazem muitas vezes duas ou três horas de mota só para chegar ao trabalho.

Se tiverem dúvidas, deixem nos comentários! 👇

Bem-vindos à Costa Rica!

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