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Ler, escrever e viver

Ler, escrever e viver

O melhor deste ano pelos blogs

Os 10 melhores livros que li este ano

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Li muito bons livros este ano. Li muito menos no kobo, apesar de ainda o ter (a sério, foi dos primeiros kobos que saiu e deve uns 12 anos mas funciona na perfeição; se eu gostava que ele tivesse luz? Sim, mas hoje em dia os preços do kobo são um absurdo. Na altura este kobo custou-me 100 euros e agora os novos andam pelos 240 euros. A verdade é que tenho tantos livros por ler na estante (cerca de 70...) que acaba por não fazer muito sentido estar a adicionar mais livros ao kobo. Continuei com as visitas à biblioteca, mas também estas diminuíram para priorizar ler os livros que tenho em casa, os que comprei na feira do livro, ou que são novidades e não consegui resistir (quem nunca?). Também li mais livros de autores portugueses, principalmente autoras, e alguns deles entraram para os meus favoritos do ano.

Aqui ficam os meus 10 preferidos (todos com opinião no blog):

A história de Roma de Joana Bértholo

A desobediente de Patrícia Reis

Encontrar-me de Viola Davis

Querido Edward de Ann Napolitano

Um cão no meio do caminho de Isabela Figueiredo

As novelas gráficas de Keum Suk Gendry-Kim

Shuggie Bain de Stuart Douglas

O paraíso são os outros de Valter Hugo Mãe

Sociopath: a memoir de Patric Gagne

E vocês, quais foram os melhores livros que leram este ano?

Os meus planos para 2025 são muito simples: comprar menos livros, ler aqueles livros que estão na estante à demasiado tempo à espera de ser lidos e usar mais a biblioteca, que tem tido cada vez mais novidades que quero ler.

Viver com (ou sem) enxaquecas

Este post devia-se chamar “era feliz e não sabia”.

Até há uns dois anos não sabia o que era uma enxaqueca. Comecei a ter uma ou outra com meses de diferença. Tomava medicação e passavam. Depois, foram-se tornando cada vez mais frequentes, mais fortes e deixaram de passar com a medicação. E passaram a tomar um um bocado conta da minha vida.

É difícil explicar o que é uma enxaqueca a quem nunca teve uma. Mas há uma forte dor de cabeça, tão forte que nem conseguimos pensar, qualquer luz ou ruído faz-nos sentir ainda pior. Só me conseguia deitar na cama com uma toalha molhada na cara para aliviar a dor e ver o tempo a passar. Não conseguia ser funcional. Além disso, as minhas enxaquecas vinham sempre acompanhadas com náuseas e vómitos.

Tentei várias medicações prescritas para SOS e nenhuma resultou.

Percebi que precisava de uma consulta dirigida a enxaquecas. Fiquei radiante quando descobri que havia um excelente centro neurológico mesmo ao pé de mim. Liguei (ingénua) para saber se tinham acordo com seguros (não tinham) e qual o preço de uma consulta - a módica quantia de 150 euros. Mas, segundo o recepcionista “as consultas seguintes eram só 120 euros”.

Enfim. Depois, descobri a Associação Migra que é a Associação Portuguesa de Doentes com Enxaqueca e Cefaleias. Têm uma plataforma online, que é a Migra Digital Health, em que podemos fazer vídeo consultas com médicos de família com formação em enxaquecas. A primeira consulta é gratuita. Aproveitei, claro. Estava a desesperar com estas enxaquecas que apareciam depois de conduzir longas distâncias, de estar em sítios com muito ruído ou luz, de comer certas coisas, de dormir mal... Não podia fazer nada. Não conseguia controlar a minha vida porque não sabia quando vinha aí a próxima enxaqueca que podia durar até 48 horas!

O médico diagnosticou-me com enxaquecas (é um diagnóstico clínico, ou seja, pelos sintomas), explicou-me alguns alimentos que devia evitar (álcool, chocolate (que dor!), citrinos e café em excesso), que tinha de ter uma boa higiene do sono, entre outras coisas.

Receitou-me um medicamento diferente dos que já tinha experimentado para SOS e outro para prevenir enxaquecas ou, pelo menos, reduzir a sua frequência. Se foi assim tão simples? Não, nenhum dos medicamentos funcionou, por isso, acabei mesmo por marcar uma consulta de neurologia (embora não no centro neurológico especializado).

A neurologista foi incrível. Infelizmente, já tive contacto com muitos maus médicos na minha vida mas, logo nos primeiros 10 segundos, percebi que tinha encontrado uma excelente médica. Primeiro, porque validou logo a minha experiência. Explicou-me que, como tenho disfunção da articulação temporo-mandibular, as enxaquecas se tornam mais frequentes e mais difíceis de gerir e que é uma combinação muito chata, dolorosa e frustrante de condições para se ter. (Eu adicionaria cara.) Depois, receitou-me uma cascata de medicamentos para tomar em caso de enxaqueca. O primeiro ainda antes da dor (na fase da aura) e os outros de seguida se o primeiro não resultar com o objetivo de eu não ter de sofrer durante 48 horas.

Enfim, é um caminho e, se tiver de experimentar mais uma data de medicamentos até encontrar algum que resulte, é o que farei.

Serve este post para que quem esteja a ler e sofra do mesmo mal saber que há soluções. Claro que todos os pacientes são diferentes e pode ser muito difícil encontrar medicação que funcione para nós (eu que o diga). Mas, se sofrerem de enxaquecas e precisarem de uma consulta gratuita, já sabem que podem recorrer à Migra. As consultas seguintes ficam a 20 euros.

Humans of New York: o livro incrível de Brandon Stanton

«Humans of New York: Stories» é o resultado de 5 anos de trabalho de Brandon Stanton que foi fotografando e registando as histórias de pessoas nas ruas de Nova Iorque. Tal como no blog que lhe deu origem, há de tudo nestas histórias: algumas dão vontade de rir, outras são sérias, outras são tristes, há histórias mais longas e outras mais curtas, pessoas mais tímidas e outras mais extrovertidas, crianças, adultos e idosos. Enfim, pessoas. Com que Brandon se cruzou nas ruas de Nova Iorque e trocou quinze minutos de conversa. E uma fotografia.

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