Frankenstein de Mary Shelley
Antes de ler «Frankenstein» vi o filme sobre a vida de Mary Shelley (trailer aqui). Não estava preocupada com spoilers porque acho que não há ninguém que não conheça, pelo menos, por alto a história deste livro. O filme, no entanto, quase não se preocupa com Frankenstein. Conta simplesmente a história da vida de Mary Shelley. Mary nasceu na Inglaterra do séc. XIX. A mãe morreu pouco tempo depois do seu nascimento e Mary fica a viver com o pai, e irmã e uma madrasta. Com 16 anos, apaixona-se pelo poeta Percy Shelley com quem vive uma dramática (no mínimo) história de amor. Tudo isto vai contribuir e inspirar o seu livro mais conhecido «Frankenstein».
O filme, além de ser muito bom, é uma boa introdução a esta história pouco convencional. Até ler o livro pensava que Frankenstein fosse o nome do monstro mas é, afinal, o nome do seu criador. Um jovem que se apaixona pela ciência e que através de experiências cada vez mais complexas acaba por criar um monstro. Este ser quer interagir com os humanos que, no entanto, reagem à sua presença com medo e repudio o que leva a viver isolado e a sentir o peso da solidão. É esta a história de Frankenstein.
Apesar de ter ficado muito surpreendida com a história, muito diferente daquilo que imaginava, a leitura ficou aquém das expectativas que tinha criado depois de ver o filme sobre Mary Shelley. Ainda assim, é surpreendente pensar que a autora escreveu esta história com apenas 19 anos e impressiona a forma como as pessoas e os acontecimentos da sua vida moldaram a história de Frankenstein. Recomendo o livro (mas ainda mais o filme).