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Livros, viagens e tudo o que nos acrescenta

Um primeiro dia difícil na Grécia

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Já foi há um mês que apanhei um táxi do aeroporto para a estação de autocarros de Atenas (a ktel). Foi um erro porque apanhar o autocarro era fácil e barato mas estava de rastos e a mala era pesada. Pensei que fosse mais perto. Já sei como funcionam os táxis na Grécia. Se acham que temos dinheiro pedem o máximo possível. Se acham que somos de um país com menos dinheiro pedem menos. Pensei que me safava de pagar o máximo por ser portuguesa (como já tem acontecido).

 

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Porque escrevo?

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Fizeram-me esta pergunta há uns meses e há uns meses que este rascunho paira no meu computador há espera de uma inspiração súbita às duas da manhã.

Podia escrever tanta coisa. Que escrevo melhor do que falo (verdade), que escrever me ajuda a pensar e a guardar memórias (igualmente verdade) mas não sei se isso responde à pergunta de porquê que escrevo aqui.

Eu sei que os blogs se querem leves e inspiradores mas não me identifico muito com isso. Gosto de textos, longos ou curtos não importa, de ler o que os outros têm a dizer sobre isto ou aquilo. Portanto, aqui vai uma coisa pesada que me trouxe muitas perguntas e zero respostas. Há umas semanas (meses?) uma colega da faculdade morreu e esta pergunta deixou sequer de fazer sentido.

Escrevo neste blog porque gosto e parece-me que enquanto cá estamos não há tempo mais bem dispendido do que aquele que passamos a fazer as coisas de que gostamos.

Farturas e memórias

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Comer farturas é tudo de bom. Não pela fartura em si mas porque a combinação do frito com o açúcar por cima me transporta para os dias livres da infância e para as idas à feira aos sábados de manhã com o mesmo pedido de sempre “ó avó, compra-me lá uma fartura”. A resposta era sempre a mesma “isso é só gordura!”. Minutos depois lá ia eu a passear entre barraquinhas de legumes e galinhas com os dedos sujos de gordura e a fartura nas mãos.

Também me lembro da fartura daquelas feirinhas de Verão, iguais em todas as terras, com as senhas para andar nos carrinhos de choque e aqueles jogos de acertar com a bola nos pinos para se ganhar um peluche.

Fast forward para uns anos mais tarde e as farturas (às vezes, o algodão doce) são a minha comida preferida para percorrer o parque Eduardo sétimo entre bancas de livros quando a feira chega com os primeiros dias de Verão.

Fui comer uma fartura a uma feirinha de Verão e pensei em todos estes momentos. Há euros muito bem investidos e aquele euro foi um pequeno preço a pagar por tantas memórias boas. Só veio realçar aquilo que passo a vida a dizer: o melhor da comida são as memórias que lhe associamos.

Ser turista no Porto por um dia

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Nunca tinha ido ao Porto. Imperdoável, eu sei. Entretanto, juntaram-se uma série de fatores. Havia uma exposição que não queria perder e que acabou por ser a desculpa ideal para deixar de adiar a viagem. Queria ir à Lello e passear um bocadinho para desanuviar do fim de (mais) uma época de exames e entrar em modo de férias. Fui e vim no mesmo dia aproveitando uma promoção da cp (ida e volta ficou a 30 euros). Três horas de viagem parece muito tempo mas com uma boa conversa passou a correr.

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