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Livros, viagens e tudo o que nos acrescenta

Os 20's

Os 20s e a passagem do tempo.jpg

Deve ser culpa de Setembro. Um mês que nos lembra que o Verão acaba, como tudo o que é bom e vale a pena, e que a vida se renova. O certo é que ando a pensar na passagem do tempo. Nem por acaso, há umas semanas li este texto no The Fresh Exchange e estas palavras têm andado a ecoar na minha cabeça:

I began to realize that your 20’s are the most critical in defining your path for your life. Sure you can switch your path at any point, but in your 20’s the risks are lowest so it is the time to shift things, try things, and fail a lot. Your 20’s you can be broke and stupid. In your 20’s you can travel the cheapest. In your 20’s you can try everything. What I realized is that your 20’s are about exploration and finding the bounds of life and the life you want to live. When you try a lot of things whether it be jobs, dating, travel, food, places to live, or some combo of it all, you are able to figure out clearly and with a lot of confidence exactly the life you want and need. (...)

If you are a 20-something and you are feeling this pressure to adult so very hard by your families, your friends, and by the world don’t fall into a rut of living a life you don’t want because you felt the pressure to settle in and get your ducks in a row. Don’t miss out on living and spending your 20’s developing yourself, finding confidence in yourself, learning who you are in this big ole world, and even more importantly learning who you aren’t. Do all you can to spend your 20’s developing the path you know you are meant to be on and that brings you joy.

Não podia concordar mais com o texto. Quando o li, tive aquela sensação boa de que alguém pôs em palavras aquilo que penso, muito melhor do que eu o teria feito. A verdade é que, felizmente, já perdi a conta às pessoas que conheci que aproveitaram os 20's para mudar de percurso, passar algum tempo a viajar ou a fazer voluntariado numa ONG, ou simplesmente a fazer alguma coisa que não tem absolutamente nada a ver com a sua área de estudos, só pelo gosto de experimentar. Da minha parte, inspiro-me em cada uma dessas pessoas e tenho aproveitado os últimos anos para experimentar (quase) tudo aquilo que me deixa a pensar "E porque não?".

Talvez quando chegar aos 30 (ou então nem aí) possa dizer que sei o que quero. Mas para já, andar à procura de respostas só me tem dado mais perguntas.

Carrie de Stephen King

Carrie de Stephen King.JPG

Carrie White has a gift - the gift of telekinesis.

To be invited to Prom Night by Tommy Ross is a dream come true for Carrie - the first step towards social acceptance by her high school colleagues.

But events will take a decidedly macabre turn on that horrifying and endless night as she is forced to exercise her terrible gift on the town that mocks and loathes her...

Eu não ia escrever sobre Carrie. Acabei este livro há algumas semanas atrás e terminei-o com a sensação de que não tinha gostado. Foi o primeiro livro que li de Stephen King. Gostei da escrita, das diferentes formas que os capítulos tomam (entrevistas, narrativa e excertos de livros sobre Carrie White). Não achei o livro assustador, mas achei-o demasiado... triste. Carrie sofre bullying pelos colegas de liceu. E isso, associado ao seu contexto familiar e ao desfecho da história tornam este livro triste.

Eu não ia escrever sobre Carrie. Mas entretanto vi a série da netflix Stranger things. A história desta série passa-se nos anos 80 e é inspirada em vários filmes do final dos anos 70 e anos 80, como Shark (1975), Star Wars (1978), E.T. (1982) e, sim, Carrie (1976). Vi o primeiro episódio à experiência e é tudo tão estranho e fascinante que tive mesmo de ver a temporada inteira em poucos dias. E vale muito a pena, recomendo vivamente.

Ora, uma das personagens da série - Jane - é inspirada em Carrie White e fez-me repensar o livro de Stephen King.

Acho que o meu problema com o livro foi uma questão de expectativas. Esperava uma história de terror e de suspense para me entreter. O que encontrei foi uma história séria e, para mim, triste. A história é marcante, e importante também, apesar dos traços de ficção científica. Se, à primeira vista, isso me deixou de pé atrás com o livro, agora acho que o torna ainda melhor.

Uns segundos por dia - Chania

Há uns anos vi este vídeo do Cesar Kuriyama sobre o projeto One Second Everyday. A ideia é filmar um segundo por dia, todos os dias. No final de cada ano, tem um vídeo de 365 (ou 366) segundos. Na altura, tentei fazer isto mas, com o tempo, a ideia acabou por ficar de lado.

Nas minhas cinco semanas em Chania, Creta, tentei fazer este projeto com algumas diferenças: filmei alguns segundos e não apenas um e não me preocupei com a obrigação de filmar todos os dias.

A melhor parte é que, ao ver estes vídeos, recordo-me dos dias em que os filmei e não apenas do momento que aparece no vídeo. Mesmo que sejam apenas uns segundos, as imagens lembram-me do sítio onde estava, porquê e com quem.

Fiz os vídeos com uma GoPro e depois juntei-os num vídeo com quase 3 minutos. A música é 1234 dos Feist.

Um mês de voluntariado com tartarugas marinhas na Grécia

Caretta caretta

Nota: Há uma tartaruga acabada de eclodir nesta fotografia.

É disto que tenho mais saudades. Acordar ainda de noite, seguir para as praias de Platanias e esperar o nascer do sol. Ver as cores do céu a mudar aos poucos e então sim, começar. Percorrer quilómetros de praia à procura das marcas das Caretta caretta na areia e, em Agosto, também das marcas das crias pelo areal.