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Tenho andado a pensar nos efeitos que os livros têm - ou podem ter - nas pessoas que os lêem. Por isso, decidi fazer uma lista dos livros que mais me marcaram. Refiro-me a livros que me deram uma nova perspetiva sobre alguma coisa, que me deixaram a pensar neles muito depois de os ter terminado ou que me fizeram voltar a pegar-lhes semanas, meses e anos depois de os ter lido pela primeira vez.
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«A quinta dos animais» de George Orwell
É um livro pequeno e fácil de ler. Mais difícil é perceber tudo o que está por detrás desta história. Orwell escreveu-o como se fosse uma simples fábula constituindo, no entanto, uma sátira à revolução russa de 1917 e ao posterior stalinismo. Mas o melhor deste livro é que pode ser aplicado a muitos períodos da história mundial.
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«De Profundis, Valsa Lenta» de José Cardoso Pires
O autor escreveu este livro depois de ter sofrido um AVC que lhe afetou a memória, a fala e a escrita. É essencialmente sobre a memória e sobre quem somos - ou quem deixamos de ser - quando a perdemos.
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«Livre» de Cheryl Strayed
É um livro auto-biográfico sobre uma mulher que faz uma caminhada pela natureza selvagem dos Estados Unidos durante três meses. Mas é muito mais do que isso. É um livro de memórias, que retrata pessoas e relações como elas são, às vezes bonitas, às vezes (muito) dolorosas, sempre imperfeitas.
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«Sete anos no Tibete» de Heinrich Harrer
A auto-biografia de Heinrich Harrer que, no início da 2ª Guerra Mundial, foi capturado pelos ingleses durante uma expediação aos Himalaias. Conseguiu fugir de um campo de prisioneiros na Índia, e viajou a pé até Lassa, a cidade proibida do Tibete. Viveu 7 anos no Tibete e tornou-se amigo de Dalai Lama. Foi o primeiro livro que li, depois da fase dos livros juvenis, de que gostei mesmo.
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«A amiga genial» de Elena Ferrante
Todos os quatro livros desta série são simplesmente geniais. Os livros seguem a história de Lila e Lenú num bairro de Nápoles, desde a infância até à velhice.
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«As intermitências da morte» de José Saramago
Saramago começa por imaginar um país onde, de um dia para o outro, as pessoas deixam de morrer. A partir dessa ideia divaga sobre a morte, o amor e a vida. Pensei abandonar este livro várias vezes durante a leitura mas ainda bem que não o fiz porque, para mim, as últimas 50/70 páginas são das melhores coisas que li na vida.
Além disso, inspirada por este post do Legal Nomads, decidi perguntar às pessoas que conheço e que gostam de ler qual foi o livro, ou os livros, que mais as marcaram. O resultado foi esta lista:
Não sei se estes livros vão marcar a vossa vida. Afinal, ler um livro é uma experiência muito subjetiva. Mas penso que todos eles merecem uma leitura.