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Livros, viagens e tudo o que nos acrescenta

Dois filmes para ver: It e o castelo de vidro

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Os dois últimos filmes que vi e que não podiam ser mais diferentes entre si. Misturam thriller/terror (It) e um drama familiar (O castelo de vidro). Recomendo muito os dois.

 

It

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Uma boa parte da minha infância foi passada a ver filmes de terror. Adoro. Desde os muito assustadores mas sem sentido nenhum produzidos no Japão, às versões copiadas pelos americanos, a alguns clássicos e a filmes tão maus que se tornam simplesmente cómicos. Há qualquer coisa de muito bom em ver um filme de terror, quando não somos pessoas de ter pesadelos com isso. Ficamos tão presos ao filme que não temos margem para pensar em mais nada. Para mim, ver terror é isso. Não pensar em mais nada. O único filme de terror que me assustou verdadeiramente foi o “Sinais” porque era demasiado nova para o ver. De resto, nada me incomoda e tudo me agrada (do muito bom ao muito mau).

 

Fui ver “It” ao cinema e acho que, neste filme, isso faz toda a diferença. O som é uma parte muito importante do filme e só impressiona no volume de um cinema. Não conhecia nada da história. De Stephen King só li “Carrie” e reconheci alguns traços. Uma história que parece banal com um grupo de miúdos a entrar nas férias de Verão. Depois começa a haver desaparecimentos de crianças e acontecimentos estranhos e a história vai-se precipitando a partir daí. E claro, à boa moda de Stephen King, vai-se tornando cada vez mais irreal. Rendi-me, confesso. Se pudesse estava no cinema amanhã para o ver outra vez, a sério.

 

O castelo de vidro

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Há umas semanas vi uma entrevista com a autora do livro que inspirou este filme em que ela explicava que esteve muito envolvida na produção do filme, ajudando com o guião e conversando com os atores e isso nota-se em cada cena. O filme é muito fiel ao livro, com exceção de alguns pormenores no fim. As melhores cenas do livro estão no filme, quase palavra por palavra. As cenas que são diferentes estão melhores ainda no filme, mais completas e com mais sentido.


Há uma frase do filme (que não me lembro de ler no livro) que é simplesmente perfeita: don’t add to the noise (não contribuas para o barulho). Vou levar para a vida. Era tudo tão mais fácil se não perdêssemos tempo a adicionar ao barulho. Vale para tanta coisa (julgar, criticar só porque sim, opinar sem saber porquê).


Enfim, estou a dispersar. Gostei muito do filme. Não senti o mesmo impacto que senti com o livro porque a primeira impressão com esta história real é surpreendente mas, como já li o livro, esse impacto não existiu. Para mim, o filme foi bonito e doloroso, mas tão poderoso como o livro. Recomendo verem depois da leitura do livro.

 

(Primeira imagem: unsplash)